quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

fala manuel.

para um blog, que nasceu na poesia. Para um país que anda triste.

Vou passar a postar aqui links de livros e e-books com palavras que confortam, nesses tempos sombrios.

Leiam manuel, ele tem sempre algo pra dizer.

Do livro mais curto e tocante nesses tempos loucos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

crônicas de um tempo presente.

Nesse meu espaço de revisitação, dos meus eus, e dessa nova pessoa que se reconstrói ao longos dos anos, venho buscando entendimentos e compreensões. O meu antigo eu, que aqui está desde 2009, não entenderia o que o meu eu de hoje aprendeu a compreender: que nem sempre o entendimento virá. Nem sempre vamos ser capazes de entender, de aceitar, de ser. Os sentimentos vem, vão, assim como as pessoas, tem gente que a gente acha que é pra sempre, que vai ficar, eternizar, e elas passam, como tem gente, ou amores, que a gente sempre pensa "vai passar." e elas ficam. Quase 10 anos depois, entre as minhas idas e vindas, entre os meus seres, eu pude entender, ainda que eu tenha muito o que aprender nessa vida, nesse tempo presente e no futuro. mas aprendi muito.

em meio ao caos, politico, social, historiográfico em que estamos vivendo, às vezes, eu tenho esquecido de ser. tenho deixado de lado o que eu quero, e quem eu sou, pra viver o dia-a-dia de um tempo louco, incerto, instável. o serviço público magoa a gente. o serviço público é duro, mas ao mesmo tempo ele recompensa. desde o Nacional (2012) até o arquivo da cidade, minha atualidade, eu fui aprendendo, nesses poucos anos, os embates, as dificuldades do executivo federal, do executivo municipal, e a gente aprende, que o jogo é sujo. que as pessoas são difíceis, que nesse país tudo se personifica, e dificulta. e com o tempo, isso passa a prevalecer, o serviço, o emprego, as dificuldades, a grana curta, o orçamento cortado, entre tiroteios e facadas, nós vemos um país no caos, e o seus reflexos na população. será que vamos viver 29 outra vez? será que caminhamos para uma grande depressão?

não sei. não sei como historiadora, não sei como futura arquivista. não sei como cidadã. não sei como a rachel, de 2018, aos 25, quase 26. Não sei bem o que eu vim aqui dizer, escrever, não sei bem quem ficou, quem partiu, quem deixou de ser e quem mudou. às vezes eu releio uns textos daqui, umas poesias, e eu não sei bem pra qual amor ele foi. eles eram tão intensos, mas hoje, alguns já me escapam, e nem sei bem, a quem eu dediquei tantas palavras, outros batem forte, bem direcionados, certos ou equivocados. sinto falta de escrever, de ter tempo pra sentar com calma, escrever minhas poesias, meus contos, tomar um vinho, uma vodka, não ter o despertador pra tocar, não ter hora pra chegar, pra sair, de estar sempre, sempre, atrasada. eu estou sempre atrasada, pro trabalho, pra faculdade, pro almoço, pra saída. eu sempre perco a hora, o tempo.

sinto falta de ter tempo, das minhas palavras, das conversas antigas, dos meus amigos. o tempo presente voa. a vida voa. eu realmente não sei bem o que vim aqui dizer, e se no fundo eu disse algo, ou se apenas escrevi pensamentos soltos.

é só saudade.

domingo, 5 de agosto de 2018

Quantos anos eu não venho aqui, dizer, escrever, dizer.

Faz tempo que não me expresso, não me digo, não sou. É bom relembrar os velhos tempos, os meus velhos eus. Eu sinto falta de escrever, de ser. De sentir.

Um chopp. Um cigarro. Umas músicas. Vocês.

É só tempo de dizer, de ser. De sentir.

Aqui.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

ela

as vezes eu sinto uma vontade de escrever, meio inexplicável, uma vontade de voltar a postar, todos os dias, uma vontade de me mostrar mais, de me descobrir mais, a minha vida mudou tanto, eu mudei tanto, e no entanto, como dizia minha doce clarice, ainda sou a mesma pessoa de antes, ainda tenho os mesmos sonhos, confusos, pequenos, grandes, ainda tenho as mesmas vontades, ainda sou uma pessoa que ama a História, ainda sou uma pessoa que ama as palavras, que ama clarice, que ama o novo, que necessita crescer, que gosta de MPB, sou uma pessoa que tem a melhor pessoa do mundo ao seu lado, tenho uma parceira que é minha parceira, minha amiga, meu amor, minha mulher, e nela, e no amor, eu me descobri tão mais, o que eu gosto, o que eu não gosto, descobri um milhão de novos artistas, de novas vozes, de novos filmes, um milhão de maneiras diferentes de pensar, de amar, de sentir prazer, aprendi e venho aprendendo a viver a dois, a pensar não por mim, mas por nós, por ela, em todo os meus atos, aprendi a pensar nas reações, nos caminhos, aprendi a amar gatos, a dar uma chance pra São Paulo, a ir as praias em Niteroi, aprendi a dormir com alguém, a dividir os lençóis, aprendi, com ela, o amor.
O real, o que não dói, o que vem de volta, a andar de mãos dadas, a beijar com gosto de carnaval, a sentir ciumes, aprendi que brigar dói, aprendi a sentir saudade de quem acabou de estar, aprendi a escutar, a ter paciência, a fazer café, a acordar cedo - ou quase isso -, aprendi tanto, tanto, com ela, com nós, aprendi a ser a mesma e ainda assim, ser um outro alguém.
a mudança é meio que constante, diária, eterna, como o mundo, está sempre o mesmo, mas sempre diferente, acho que faz parte, e eu sempre fui uma pessoa, não adaptada a mudanças, uma pessoa que sempre estudou no mesmo lugar, que escutou as mesmas músicas, que cresceu no mesmo espaço, na mesma cidade, mesma casa, mesma escola, mesmos amigos, que são os mesmos até hoje, e na certeza de que os terei para sempre. Sempre, assim, como a certeza de que terei ela, para sempre, sempre comigo. Nosso imenso amor, nos nossos laços, e enlaços.
Eu te amo, obrigada por me amar, me amar na mudança, nas fases, por me mudar e me fazer ser a mesma, ser sua.

a vontade de escrever vem, a poesia se forma, em formas, e desenforma, em versos, transversos, em sentidos, tão sentidos, na alma, no fundo, no imerso, no submerso, não subverteu, a poesia, nos meus versos, eu te encontro, eu te coloco, eu te reviro, na nossa prosa, romance, capítulos, parágrafos, pontos, virgulas, eu te escrevo, sem dor, meu amor. São versos sinceros, recheados de amor. é uma prosa, deliciosa, como a brisa de sábado a tarde, nos teus braços, como o céu de uma noite clara, cheio de estrelas, de desejos, de sonhos, cheio de nós, de amor, é como nossas terças com pizza, nossos domingos de praia, nossa cerveja gelada no meio da semana, em meio a tanto calor, calor como o dos nossos corpos a se tocarem, se encaixarem, perfeitamente, no nosso ritmo, nosso cheiro, nosso quarto, nossa cama, nossa respiração, tão próximas, como se fossem uma, meus gritos abafados, o seu olhar, suas expressões, suas palavras, que vão saindo e vão ao encontro do meu ouvido, e me fazem te apertar mais, te querer mais, e ser cada vez mais sua, e é toda vez, como se fosse a primeira, até deitarmos, respirando forte, e te olhar com amor, e cara de boba, me encaixar de volta ao teu corpo, e me acalmar aos poucos do teu lado, respirando, fundo, na nossa poesia, nos nossos versos, nos entreolhares, na delicadeza e força dos teus toques, no imerso, dos versos, do nosso amor e sexo. Na poesia, na prosa, no calor e no frio, no eu e você, eu nos vejo em nós.

e essa vontade de escrever, de você, de ser a mesma, e não ser a mesma, ao mesmo tempo, num tempo complexo, em palavras soltas, num ritmo novo, e intenso, na música alta que está tocando, e no fechar dos meus olhos, eu te encontro, aqui, e arrepio meu corpo, e é como se você estivesse aqui, agora, em mim.

domingo, 8 de dezembro de 2013

pra ti

acho que estou sentindo falta de você.
do afago que me dava quando eu precisava chorar nos nossos 12, 13 anos, ou mais, ou menos, acho que toda morte me remete a você. Acho que toda vez que estou caindo, eu penso e repenso em você. você, você, você.
acho que preciso de um velho afago, de um ombro tão bem conhecido, de um 'eu te amo chel', de uma voz aguda, de um cabelo cor de mel, do olhar cor de mel, acho que preciso de você. as vezes me dá um medo, um medo de esquecer sua voz, um medo de passar um dia sem lembrar que você existiu nos meus dias, que você me mudou, tenho tanto medo de não ser mais capaz de escutar sua risada, de não mais procurar seu sorriso em meio a multidão, de esquecer tudo o que um dia você me ensinou.
estou com saudades de sonhar com você, de ver você, dos seus conselhos, da escola, das suas roupas brancas, do abraço que me cabia dentro, dos seus braços longos apertando minha cabeça e me dizendo o quão pequena eu era, estou saudosista, nostálgica, triste, estou querendo o teu abraço. Estou nandanda, com saudades de lhe escrever, de olhar pro céu e procurar a estrela mais brilhante e saber que é você que me olha com os seus olhos. Será que eu estou esquecendo? Será que eu estou não mais lembrando. Será que tem algo errado? Desculpa, estou chorando, eu disse que não ia mais chorar. eu prometi, que não ia mais sofrer e te fazer sofrer.
estou sentindo sua falta, estou sentindo saudade de dizer o quanto eu te amo, o quanto você me faz falta, o quanto eu aprendi e levo de você comigo. Levo pra sempre, no peito e na alma. Me perdoe, se eu não estou mais sempre do lado dela, me perdoe, se eu falho, me perdoe se eu esqueci de algo.
Eu te amo, muito.

sábado, 31 de agosto de 2013

um trecho, pra você, amor.

Quando estamos longe eu me ponho a pensar em tantas coisas, tantas coisas que a gente já passou nesses quase sete meses, parece pouco e ao mesmo tempo, parece tanto, parece que eu te conheço a vidas, a anos, parece que tem tanto de você em mim, e tanto de mim em você. Parece que os dias são meses, e que os meses são anos, e todo amor que eu tenho por você, é todo o amor que eu tenho dentro de mim, e quero te dar sempre, e sempre, e pra sempre, porque você se tornou tão essencial, tao importante, teus olhos me fazem ver um novo mundo, um mundo cheio da gente, das coisas que a gente gosta. Um mundo nosso.
Eu te amo tanto, eu te quero tão bem, te quero comigo, amo teu jeito, teus gestos, tua pele, teu amor, teu carinho, amo sua pele na minha, sua boca presa a minha, nossas mãos entrelaçadas, nosso amor. Nosso forte amor, que se torna norte, e faz de você, de nós, minha fortaleza. Obrigada por existir, por chegar, por ficar.
Amo você com todo o meu amor, amo você com toda força que há em mim, nossas certezas, nossas dúvidas, nossos medos, nossas inseguranças, amo você com toda a sua bagagem, amo você por tudo, amo o nós que nós formamos, amo a vida por ter me dado você. Por nos meus caminhos você existir, e trilhar comigo tudo o que eu espero. 
Amo-te, infinitamente, um tantão assim, amor. 

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Antes de toda primavera

Antes dela, o frio.
Antes dela, o inverno.
Antes dela,
Primavera, não era.

Antes dela,
Eu não era,
Primavera.

Antes, outono.
As folhas caem,
As cores saem.

Antes dela,
A ausência,
Com ela,
Existência.

Com ela,
Sou flores,
Amores,
Com cores.

Sem ela,
Perdida estou.
Dela,
Primavera sou.

Amor.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

vem

eu paro. reparo. me preparo.
eu penso, repenso, esqueço, quando te vejo.
eu apago, salvo, tiro, retiro, me acalmo. enlouqueço.
eu escrevo, reescrevo, texto. eu creio.

eu tento.
penso.
releio.

eu te quero.
te gosto,
te espero.

eu escuto ao meu ouvido
'eu gosto de você'
e te respondo com um sorriso.

pra você me entender,
me ler.
ver.

o meu 'eu gosto de você também.'
tão bem,
te quero, vem.

vem, vem aqui.
pertinho, corre
não vai ser em vão,
vem, aperta forte
a minha mão.

vem,
vem que é teu o coração.
vem, que é forte
a nossa paixão.

cola em mim,
me beija,
assim.

gruda teu rosto no meu.
toca tua pele na minha,
faz do meu corpo, teu.

é seu.
sua.
minha.

vem, chega aqui.
fica aqui.
eu gosto de você,
te escrevi.

vem, meu bem.
vem.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

pra você

"Cola o teu desenho no meu, pra ver se cola, cola o meu retrato no teu e me namora, comigo nessa dança, um sonho de criança e o meu coração colado ao teu, pra ver se cola."

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

vem, saudade

saudade de dizer, de falar, de contar minha saudade, saudade de sonhar.
saudade, saudade. A palavra única, sem tradução. Uma vez Clarice me leu 'nenhum I Miss You traduz minha saudade.' nenhum, ninguém.
saudade de estar perto, do colo, do teu olhar no meu. Saudade de lhe escrever meus amores, de sentir teus calores, do teu corpo tão perto do meu. Saudade.
Saudade do que já foi certo, certo de tão incerto, errado, e pecado. Saudade da ausência de pontos, da ausência da certeza, saudade da saudade... saudade de sentir saudade. da vontade, de ter você.
Saudade daquela falta de sentido, da falta de explicação, saudade da dor que me causava, dos arrepios tão involuntários, de fechar os olhos e te ver, te sentir, teu cheiro, teu toque, de você. de você que se vai estando aqui, de você que eu deixo partir sem nem ter coragem de me afastar, de você que era tão tudo, que era tão eterna, e hoje eu não consigo nem contar meus segredos, meus dias, que eu não sinto falta de não ver.
Saudades das manhãs, dos sorrisos, das músicas, saudade de sorrir com você, saudade certa de nunca mais te ter, 'saudade, saudade, hoje eu posso dizer o que é dor de verdade' era só o que a gente sabia cantar quando você se foi, ai, que saudade do seu abraço apertado, do teu sorriso calado, da sua risada fina, da voz agudada, saudade que não dá pra matar se não for em sonhos, em pensamentos longos... a saudade certa, sem incertezas, sem dúvidas, sem você. você.
Saudade ainda das manhãs tão belas, dos rostos conhecidos, de cada bom dia, saudade do chão, da areia, das crianças, dos abraços, saudade de voltar e ser igual ao que era, saudade que vai, que vem, que machuca e alegra, mas saudade, saudade que me faz voltar, me faz ser, me faz querer, me faz amar..
saudade, saudade de você. do que você era, da criança, da ausência de problemas, do que foi, do que quer ser, e  dói e não dói, e eu não entendo, tuas dúvidas, teus medos, você. não entendo tuas incertezas eternas, tua falta de responsabilidade com o que é sério, ou não, tua responsabilidade excessiva, teu equilibro falso, tua aparente imparcialidade, teus defeitos intensos, tantos, tantos, saudade das suas palavras, dos teus textos, tuas poesias, tua facilidade de jogar nas folhas aqui que tão intensamente vive dentro de você.. onde está você? onde está?
saudade...
saudade de dizer, de lhe escrever, me escrever, descrever.
cartas partidas, poemas perdidos, palavras... quantas palavras, de amor, de dor, de saudade.. saudade daquela tal felicidade..

terça-feira, 28 de agosto de 2012

canta ana, canta

acho que estou fora do ritmo,
ou que desaprendi.

'Confesso'

desaprendi a dizer,
a jogar as velhas 'Palavras Ao Vento'
desaprendi a te esquecer.

te sonhar,
te perder,
te amar.

desaprendi como é fugir.
eu queria,
mas já não sei partir.

eu sei sentir.
te sentir.

chove lá fora
e eu estou presa,
presa 'Dentro' de você

sabe quando a Ana cantava,
'escolhi o pior lugar pra me esconder, 
me tranquei por dentro de você'

é isso,
'É Isso Aí.'
é tudo isso em mim.

e eu 'te escrevi,
frases soltas pelo chão,
esperei você dormir,
pra jurar minha paixão.'

esperei, esperei
e me esqueci de te cantar
essa paixão,
esqueci de falar

jamais de te amar.

te cantar,
'ressurgir,
de onde não imaginei,
e aprendi que nunca sei
enganar meu coração' 

aprendi, eu sei,
não precisa de perdão...
não posso. não quero esquecer.

fica, não 'Vai'.
fica 'Aqui', em mim,
e saiba,
que eu te amei bem 'Mais Que A Mim'

e 'Entreolhares' descobri,
'A Canção Tocou Na Hora Errada',
lhe escrevi.

mas não deixou de ser cantada.
ou de ter estado certa.

canta Ana, canta.
me canta, me encanta.
canta que é samba,
e ela, ah 'Ela É Bamba'.