domingo, 28 de agosto de 2011

não tente entender.

"garçom, uma garrafa de vodka, alguns cigarros.
e... papel e caneta, por favor."

é que você me faz falta,
me faz falta de uma maneira que eu não sei dizer,
que me faz não sentir vontade de escrever,
me faz faltar a poesia, me faz fora de mim.

é estranho,
estranho de um jeito que me faz não falar,
é estranho,
estranho como o nosso jeito de silenciar.

sentidos inexistentes,
versos perdidos,
entre palavras ainda incoerentes,
dentro de coraçoes ja partidos.

elementar, meu caro?
sim. e sempre raro.

elementar, como sua amizade,
raro, como a nossa saudade.

falta o seu abraço,
como se dentro de mim,
faltasse um pedaço,

falta tua voz ao raiar do dia,
e no meu peito vive a agonia,
de não ter por perto a sua companhia.

não, "não" eu não aprendi a dizer.
sim, eu preciso de você.

entre a fumaça e o copo, eu confesso.
entre goles e lagrimas, eu converso.

confesso, que sinto falta da sua ironia,
Converso, perdida na minha boemia.

a garrafa está virada,
os cigarros acabados.
e a mesa riscada.

riscada a minha poesia,
gravada ao teu nome,
junto com toda essa agonia.

mais alguns cigarros,
e alguns outros copos.

mais amor, mais sabor.
mais de você,
pra me fazer escrever.

um pouco mais de dor,
um tanto do seu calor,
pra fazer de mim,
um pequeno escritor.

ah, o amor.
a dor.
o calor.
aquele teu sabor.

a poesia,
repleta de melancolia.
distrai a agonia,
como a velha noite na boemia.

a partida,
a despedida,
a querida ferida,
as doces e amargas bebidas;
as loucuras, os prazeres e as dores da vida.

não, não tente entender.
não busque,
apenas, deixe a Vida viver.

"garçom, amigo, traz mais umas...
não, deixa, traz a conta por favor."

2 comentários:

  1. quando eu crescer quero escrever assim!

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  2. então você ja é bem grande!
    enorme, eu diria!
    pq vc escreve muito, ja te disse, e não canso de dizer *-*
    Nao sabee como eu fico feliz por você gostar dos meus textos, sua linda :)

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